O mercado de trabalho para o profissional que idealiza, planeja e organiza de maneira adequada e responsável os ambientes interiores, sejam residenciais e corporativos, sejam comerciais e até cenográficos tem boas perspectivas para este ano. A constatação é de profissionais referências hoje na área de design de interiores no Brasil. Sabendo que todo cenário de recuperação de crise econômica traz consigo lições aprendida diante das mudanças e adaptações necessárias no período de recessão, os designers de interiores desenvolveram novas formas de atuação. Entre elas, as consultorias e os projetos indicativos, nas quais observa-se um atendimento mais dinâmico e personalizado.
Para Viviana Reis, designer de interiores e lighting designer, 2018 foi um ano bem melhor que 2017. “Acredito que o mercado esteja melhorando, e este ano já comecei com uma grande demanda de projetos”. Ela conta que aprendeu a gostar da área ainda na adolescência. “Sempre me interessei por assuntos relacionados a arquitetura, arte e design de interiores. A princípio, pensei em me formar em arquitetura. Porém, decidi fazer o curso de designer de interiores primeiro, por ser de menor duração e, assim, já poder trabalhar na área. Fiz especialização em iluminação e pretendo em breve fazer o curso de arquitetura.”
Viviana lembra que, depois de se formar, trabalhou em lojas de decoração por um tempo, até ter seus próprios clientes. “Formei-me em design de interiores pela Faculdade Una e fiz pós-graduação em master em arquitetura e lighting design pelo Instituto de Pós-Graduação (IPOG), em 2018.
Ela conta que oferece os serviços de decoração de ambientes residenciais e comerciais. projetos luminotécnicos e paisagísticos, reforma de espaços interiores, acompanhamento em obras e consultoria em decoração. “A grande maioria dos meus clientes são projetos residenciais. Atendo muitos clientes da região da Pampulha, dos bairros Castelo e Ourp Preto, e também de Nova Lima, na Grande BH. No momento estou atendendo a uma grande empresa norte-americana, com filial em Contagem, dando consultoria em decoração”, orgulha-se.
Ela revela que está montando escritório e, até no meio do ano precisará contratar estagiário. “No início, é muito difícil, estou tendo retorno melhor de uns três anos pra cá. Neste ramo é preciso ser persistente, mas pra mim está valendo a pena”, garante Viviana. Ela ensina que para vencer neste ramo é preciso aperfeiçoar sempre, pois tudo muda muito rapidamente e, “se a gente não acompanhar o mercado, fica pra trás e desatualizado. Nesta área, muda-se tudo o tempo todo. Gosto da profissão e minha satisfação em trabalhar nela é enorme. Trabalhamos com sonhos e, muitas vezes, as pessoas acham que não conseguem realizá-los ou que é muito caro fazer uma decoração bonita. Na realidade, isso pode ser acessível sim. O resultado do nosso trabalho é muito gratificante”.
Ela conta que muitos clientes acham desnecessário contratar um design de interiores. “Muitos acham que é até melhor fazerem eles mesmos a decoração. Porém, na internet, o “faça você mesmo” muitas vezes pode não ser o melhor e o mais adequado para a pessoa. Fazemos toda uma análise do cliente para saber o gosto e o estilo dele. Com isso, trabalhamos os espaços com harmonia e uniformidade. Os espaços têm que falar a mesma língua, e o cliente, além de entender essa linguagem, tem de se sentir bem, confortável e em casa”.
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Por: Augusto Guimarães Pio – Caderno de Negócios do Jornal Estado de Minas